sexta-feira, 11 de setembro de 2009

«BLUENOSE»


Esta escuna dos Grandes Bancos foi construída em 1921 (no estaleiro Smith & Rhuland, de Lunenburg, Canadá), por encomenda do capitão Angus Walters; que a utilizou na pesca ao bacalhau. Concebido para atingir velocidades elevadas, este elegante veleiro acabou por tornar-se (no seu tempo) uma das mais rápidas e conhecidas embarcações do mundo do desporto náutico. O seu nome é uma alusão aos habitantes da província da Nova Escócia, alcunhados 'narizes azuis' pelo resto da população canadiana. A escuna «Bluenose» participou durante muitos anos na regata International Fishermen's Trophy, organizada entre veleiros canadianos e norte-americanos similares pelo jornal «Halifax Herald». E venceu essa prova durante 17 anos consecutivos. A sua fama chegou a ser tal, que esteve exposta na Feira Internacional de Chicago de 1933 e participou nos festejos do 25º aniversário do rei Jorge V, em Inglaterra. Com a modernização das frotas de pesca (logo a seguir à Segunda Guerra Mundial), a escuna «Bluenose» foi considerada obsoleta e vendida a um pequeno armador a operar (no sector do transporte de mercadorias) no mar das Caraíbas. A 28 de Janeiro de 1946, o antigo veleiro canadiano afundou-se junto às costas de Haiti, depois do seu casco se ter esventrado contra um recife. O «Bluenose» deslocava 258 toneladas e media 49 metros de comprimento. Os seus dois mastros envergavam 1 036 m2 de velas. A recordação do «Bluenose» foi perpetuada em vários selos emitidos pelos correios do Canadá e numa moeda de 10 cêntimos do dólar local. As placas de matrícula dos veículos automóveis da Nova Escócia estão, também elas, ilustradas com a silhueta do famoso veleiro. Uma réplica fiel da escuna foi mandada construir em 1963 pela família Oland, que fez fortuna com a indústria cervejeira. Esse navio, o «Bluenose II», foi cedido ao governo da Nova Escócia (por um dólar simbólico) e está, actualmente, à guarda do Museu Marítimo de Lunenberg.

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