segunda-feira, 7 de setembro de 2009

«NORMANDIE»


Paquete francês lançado à água em 29 de Outubro de 1932 pelos estaleiros navais de Saint Nazaire, que o construiram. Deslocava perto de 80 000 toneladas e foi, no seu tempo, o maior e mais luxuoso navio do mundo. Pertemceu à frota da Compagnie Générale Transatlantique, a famosa Transat. Assegurou a carreira regular Havre-Nova Iorque, de 1935 até 1939. Foi um dos paquetes preferidos das elites endinheiradas do Novo Mundo (e não só), que apreciavam os seus interiores decorados em estilo 'Art déco', a excelente cozinha francesa servida a bordo, o ambiente festivo e a rapidez e o conforto proporcionados por um navio que chegou a ostentar, num dos seus mastros, a prestigiosa flâmula azul. O «Normandie» media 313,75 m de comprimento por 36,40 m de boca e o seu calado superava os 11 metros. O seu conjunto de propulsores, desenvolvendo uma potência de 165 000 cv, prodigavam-lhe uma velocidade máxima de 32 nós. Tinha uma tripulação de 1 355 pessoas e podia receber a bordo 1 850 passageiros em três classes distintas : 1ª, turística e 3ª. O «Normandie» foi o grande rival do «Queen Mary», o não menos famoso paquete da Cunard. Encontrava-se no porto de Nova Iorque quando, em Setembro de 1939, rebentou a guerra na Europa e ali ficou retido por medida de segurança. Em Dezembro de 1941, depois da derrota da França e do ataque-surpresa conta a base de Pearl Harbour, o «Normandie» foi requisitado pela armada norte-americana, que pretendeu fazer dele um navio de transporte de tropas; mas, em Fevereiro de 1943, durante os trabalhos de transformação do paquete -agora chamado «La Fayette»- este ardeu na sequência (ao que se disse e escreveu) de um acidente com um maçarico. A intervenção dos bombeiros de Nova Iorque não melhorou a situação do gigantesco navio; que, devido ao peso da água (6 000 toneladas) que se concentrou num dos seus bordos, o fez adernar. Considerado irreparável, o ex-«Normandie» foi vendido em 1946 a um sucateiro local, que o desmantelou.

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