domingo, 11 de outubro de 2009

«RICHELIEU»


Poderoso couraçado francês construído pelo arsenal de Brest e lançado à água em 1939. Deslocava 43 000 toneladas em plena carga e media 247,85 m de comprimento por 33 m de boca. Fortemente blindado e armado, o «Richelieu» dispunha da sua artilharia mais potente -8 canhões de 381 mm- concentrada à vante. 9 outros canhões de 152 mm, 12 peças AA de 100 mm, 8 de 37 mm, 56 de 40 mm, 48 de 20 mm e outras armas de menor calibre estavam distribuídas por todo o navio. Este couraçado tinha uma autonomia de 28 000 km (navegando a 15 nós) e a sua velocidade máxima atingia a marca impressionante de 30 nós. A sua guarnição elevava-se a 1670 homens. Pelo facto de ainda não estar totalmente terminado e também pela iminência da capitulação francesa diante do rápido avanço dos exércitos hitlerianos, o navio foi enviado para Dacar (na colónia do Senegal); onde foi alvo de um violentíssimo ataque da aeronaval britânica na noite de 7 para 8 de Julho de 1940, consequentemente a uma decisão conjunta de Churchill e de De Gaulle, que temiam que a frota gaulesa passasse, depois da derrota militar da França, a ser controlada pelos alemães. Em 1942 o couraçado «Richelieu» juntou-se às forças aliadas e tomou o caminho dos Estados Unidos, para ali ser reparado. Depois de trabalhos de beneficiação num estaleiro de Brooklyn, que duraram mais de um ano, o navio passou a deslocar 46 000 toneladas. Foi dirigido para o teatro de operações do Extremo-Oriente, onde operou até ao fim da guerra mundial ao lado da ‘Royal Navy’. Durante o conflito indochinês, o «Richelieu» chegou a ser o navio-almirante das forças francesas implicadas nesse conflito colonial. Em 1946, o navio regressou à metrópole, ao porto de guerra de Cherburgo, onde foi desactivado e transformado (entre 1959 e 1964) em navio-quartel. Acabou por ser vendido a um sucateiro italiano de La Spezia, que o desmantelou em 1968. O «Richelieu» era gémeo do «Jean Bart», cuja construção só foi dada por concluída em 1953.

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