quinta-feira, 8 de abril de 2010

«SCHARNHORST»


Cruzador de batalha alemão da Segunda Guerra Mundial. Lançado à água pelos estaleiros navais de Wilhelmshaven em 3 de Outubro de 1936, o «Scharnhorst» deslocava cerca de 39 000 toneladas em plena carga (tal qual o seu gémeo «Gneisenau») e apresentava as seguintes dimensões : 230 m de comprimento por 30 metros de boca e 9,90 m de calado. Dispunha de forte couraça, distribuída pelo casco (onde podia atingir, em certos sectores, a espessura de 343 mm), pela coberta (75 mm) e por outras partes sensíveis do navio. A sua artilharia principal era constituída por 9 canhões de 279 mm e por 12 outros de 150 mm. Do seu equipamento, também faziam parte 3 hidroaviões de reconhecimento Arado Ar 196. As potentes turbinas do «Scharnhorst», permitiam que o navio atingisse a velocidade máxima de 32 nós e dispusesse de um raio de acção de 16 300 km; isto, com velocidade estabilizada a 19 nós. Concebido para exercer represálias contra o tráfego naval do inimigo, este poderoso vaso de guerra foi destacado para o Atlântico norte, onde afundou -em 23/11/1939, logo no decorrer da sua primeira missão- o cruzador britânico «Rawalpindi». Durante a campanha da Noruega, o «Scharnhorst» destruiu vários contratorpedeiros inimigos e, também, o porta-aviões «Glorious», em cujo soçobro morreram 1 500 tripulantes. O cruzador de batalha alemão foi, em seguida, destacado para a uma área sensível do oceano Atlântico, onde (na companhia do «Gneisenau») destruiu ou capturou 22 navios mercantes aos Aliados. E, no início do ano de 1941, depois dessa campanha vitoriosa, o «Scharnhorst» refugiou-se no porto de Brest, onde estava previsto sofrer reparações e reabastecer-se, antes de encetar novas missões de guerra. Apesar da vigilância apertada exercida pela marinha real britânica sobre Brest, o «Scharnhorst» (assim como o «Gneisenau» e o «Prinz Eugen») logrou sair desse porto ocupado pelos nazis, escapar às forças dos Aliados que bloqueavam o canal da Mancha e regressar a Alemanha. Esse ousado raide, que decorreu durante o mês de Fevereiro de 1942, foi considerado uma autêntica vitória para a ‘Kriegsmarine’. Depois de algumas operações de menor importância, este cruzador de batalha foi –com a sua escolta de contratorpedeiros- enviado para o Árctico, na esperança de que ali pudesse interromper o fluxo de armamento canalizado pelos Aliados para a Rússia Soviética, através de comboios de navios com destino ao porto de Murmansk. Foi no dia 26 de Dezembro de 1943 que, ao tentar destruir o comboio JW55B, o «Scharnhorst» foi interceptado pela 10ª Esquadra da ‘Navy’ e que, depois de seriamente atingido pelas peças de 356 mm do couraçado «Duke of York», ele foi, finalmente, afundado pela escolta do grande vaso de guerra inimigo, que utilizaram nada menos do que 22 torpedos para o imobilizar e destruir. Do afundamento do cruzador de batalha alemão apenas foi possível salvar 36 marinheiros da sua guarnição de 1 968 homens. A este combate naval travado nas águas do Oceano Glacial Árctico foi dado o nome de batalha do Cabo Norte.

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