sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

«GOTLAND»


Cruzador porta-hidroaviões da marinha real sueca. O casco foi lançado ao mar em Setembro de 1933 pelos estaleiros navais Lindholmen, de Gotemburgo, sendo os acabamentos executados pela firma Gotaverken, da mesma cidade. Só em Dezembro do ano seguinte é que o navio foi considerado terminado e integrado oficialmente na armada do mais poderoso estado da Escandinávia. Era uma unidade com 5 639 toneladas de deslocamento (em plena carga), que media 134,80 metros de comprimento por 15,40 metros de boca. Navegava à velocidade máxima de 27,5 nós e tinha uma autonomia de 6 200 milhas náuticas com marcha reduzida a 16 nós. Do seu armamento principal sobressaíam 6 peças de artilharia de 152 mm, 4 peças de 75 mm de fogo antiaéreo e 6 tubos lança-torpedos de 533 mm. O seu parque aéreo era constituído por 6 hidros Hawker S9 ‘Osprey’, concentrados à popa, assim como a sua catapulta e dispositivo de recolha de aeronaves. O «Gotland» foi concebido para assegurar a defesa costeira da Suécia, num tempo em que já se adivinhavam tempos muito difíceis para a Europa. Foi uma mensagem enviada (em 1941) deste navio ao estado-maior da sua armada (mensagem interceptada pelos serviços de espionagem britânicos), que permitiu comprovar a saída do «Bismarck» para mar aberto e desencadear as operações que concorreram para a perda do famoso couraçado hitleriano. O «Gotland» (que tinha uma equipagem de 470 homens) sofreu uma modificação substancial em 1944, ano em que toda a sua componente aérea foi substituída por peças AA. Este cruzador foi desactivado em 1956 e desmantelado em 1963. Curiosidade : o «Gotland» encontrava-se fundeado no mar da Palha na noite de 19 de Dezembro de 1938, quando ali se afundou o cacilheiro «Tonecas»; e a sua guarnição ajudou a salvar alguns dos náufragos desta embarcação estuarina portuguesa.

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