quinta-feira, 14 de julho de 2011

«HOUQUA»


‘Clipper’de bandeira norte-americana construído em 1844 no estaleiro Brown & Bell (de Nova Iorque) para um comanditário chinês. O nome do navio (que, inicialmente, devia receber armamento e funcionar como vaso de guerra) presta homenagem a um poderoso negociante chim, que falecera um ano antes do lançamento à água do «Houqua»; navio que acabou por integrar a frota mercante do armador A. A. Low & Brother e por entrar no proveitoso negócio com o Extremo Oriente. Este elegante ‘clipper’ (cujo projecto é comummente atribuído ao capitão Nathaniel Palmer e ao arquitecto John Griffiths) deslocava cerca de 600 toneladas. O «Houqua» foi um navio inovador, sobretudo a nível do casco, mas não teve -durante os seus vinte anos de navegação- a história empolgante de alguns dos seus congéneres. Limitou-se a percorrer mares e oceanos e a ganhar dinheiro para o seu armador. Do seu humilde historial, apenas se pode referir um abalroamento, ocorrido no porto de Nova Iorque em 1853, com um ‘ferry’, o «Tonawanda». Incidente que teve o nevoeiro como origem. Este precalço obrigou o ‘clipper’ a recorrer ao estaleiro de reparações e atrasou uma programada viagem até San Francisco pela rota do cabo Horn. O «Houqua» desapareceu em 1864 em lugar incerto e circunstâncias misteriosas. Partira a 15 de Agosto desse mesmo ano do porto de Yokohama (Japão) para Nova Iorque e nunca mais foi avistado depois dessa data. Presume-se que tenha sido afundado no oceano Pacífico por um furacão.

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