terça-feira, 12 de julho de 2011

«ÍNDIA»


Paquete português do qual foi proprietária a Companhia Nacional de Navegação. Foi construído em 1950/1951 em Sunderland (G.B.) pelo estaleiro Bartram & Sons Ltd. Era um navio com 7 761 toneladas de porte bruto e com um espaço volumétrico de 9 254 m3. Media 132 metros de comprimento por 17,90 metros de boca. Navegava graças a 2 máquinas diesel, que desenvolviam uma potência global de 5 750 cv e permitiam ao navio atingir uma velocidade de cruzeiro de 14,5 nós. Tinha uma tripulação de 120 membros e podia acolher 387 passageiros em três classes distintas. O «Índia» inaugurou a chamada ‘Carreira do Oriente’ em 1952, seguindo nessa viagem o ministro Sarmento Rodrigues, que ia de visita oficial às três mais longínquas colónias lusas : Índia (portuguesa), Macau e Timor. Nos anos 60 (do século XX, obviamente) este paquete da C.N.N. fazia um longo percurso que partia de Lisboa para o Oriente (com escalas em Suez, Singapura, Hong Kong e Macau, entre outros portos) e regressava à Europa passando pela rota do cabo da Boa Esperança, com etapas em portos moçambicanos, angolanos e sul-africanos, mas não só. Durante o período da guerra colonial, o «Índia» também transportou vários contingentes para a África. Após ter prestado à marinha mercante portuguesa 20 anos de bons serviços, o paquete «Índia» foi retirado do activo em 1971 e vendido, dois anos mais tarde, a um armador tailandês; que o baptizou com o nome de «Kim Hogh» e o utilizou como transporte de passageiros e de carga entre portos do oceano Índico. Ignoramos a data em que foi desmantelado.

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