terça-feira, 22 de maio de 2012

«REGINA»

Paquete de 16 500 toneladas (tab) construído pelos estaleiros Harland & Wolff, de Belfast (G.B.), e lançado à água no dia 19 de Abril de 1917, quando ainda decorria a Grande Guerra. Em virtude do conflito, o «Regina» foi mobilizado pela autoridade militar e convertido em transporte de tropas. Em 1920 voltou ao estaleiro naval de Belfast para sofrer trabalhos de readaptação à sua carreira normal, que deveria ser a de um transatlântico destinado ao transporte de passageiros e frete nas linhas Europa-América do norte. A sua viagem inaugural -ao serviço da companhia Dominion Line- só ocorreu em 1922 e teve lugar entre os portos de Liverpool e de Portland (Maine, E.U.A.). Em 1925 foi colocado na linha Antuérpia-Nova Iorque e, também nesse ano, passou (por falência da Dominion) a integrar frota da companhia White Star Line (Cunard), voltando a ter Liverpool como lugar de partida da Europa. Em Dezembro de 1929, o navio foi adquirido pela Red Star Line e os seus interiores reformulados para poderem acolher 350 passageiros em 1ª classe, outros tantos em classe turística e 800 em 3ª classe. A linha escolhida pelo seu novo armador para o renovado «Regina» foi a que ligava Antuérpia à cidade do Hudson com uma escala intermediária em Southampton. Em 1930 o navio mudou o seu nome para «Westernland» e, quatro anos mais tarde, sofreu novos trabalhos de estaleiro, que lhe ampliaram a classe turística, que passou, desde então, a ter capacidade para receber 550 viajantes. Foi por essa época, em 1936, que este paquete teve a ocasião de prestar auxílio aos sobreviventes do naufrágio do «Isis» (da Hamburg Amerika Linien), que naufragou em pleno Atlântico em consequência de medonho temporal. O ex-«Regina» foi adquirido em Junho de 1939 pela Holland America Line, que o manteve no seu trajecto habitual; mas, logo no ano seguinte, o navio fugiu dos Países Baixos para se refugiar na Inglaterra, por causa da invasão nazi. Durante a Segunda Guerra Mundial, o paquete exerceu as funções de sede oficial do governo neerlandês no exílio. Depois disso ainda foi transporte de tropas e navio de apoio logístico a unidades navais. Reconquistada a paz, o seu último proprietário (de novo a Cunard) ainda encarou a possibilidade de o recolocar no serviço do Atlântico norte, mas a idade avançada do navio e o seu problemático estado de conservação levaram-no a reconsiderar e a desistir desse projecto. O velho paquete acabou por ser desmantelado em Blythe, no ano de 1947.

Sem comentários:

Enviar um comentário