sábado, 9 de junho de 2012

«JULES VERNE»



Concebido como navio-base de submarinos, o «Jules Verne» (assim chamado em honra do grande escritor visionário do século XIX) foi construído, em 1932, no arsenal de Lorient. Deslocava 5 737 toneladas e media 122 metros de comprimento por 17,20 metros de boca. O seu aparelho propulsor era constituído por 2 máquinas diesel desenvolvendo uma potência global de 7 000 cv, força que lhe proporciona uma velocidade de cruzeiro de 16 nós e uma autonomia de 18 500 milhas náuticas com andamento limitado a 11 nós. Apesar da sua qualidade de navio de apoio, o «Jules Verne» recebeu armamento (defensivo), contando com 4 canhões de 90 mm, 7 de 40 mm e 12 de 20 mm. Podia receber a bordo 15 oficiais e 265 outros tripulantes, marinheiros ou técnicos. Este navio -que dispunha de oficinas de reparação de várias especialidades- começou por assegurar a manutenção de uma flotilha de 6 submarinos operando no Atlântico, no mar da Mancha e no mar do Norte. Durante a 2ª Guerra Mundial, participou na campanha da Noruega (Maio de 1940) e evitou o apresamento pelos alemães. Operou, depois, em águas africanas, passando, sucessivamente, da Tunísia para Marrocos e, finalmente, para o Senegal. Em 1944, esteve nas operações do Mediterrâneo oriental. Terminado o conflito, o «Jules Verne» regressou aos portos da França metropolitana e foi mobilizado para a guerra da Indochina, sempre na sua qualidade de navio de apoio às unidades combatentes. Depois da perda e da evacuação dessa longínqua colónia asiática, o «Jules Verne» regressou à sua base de Toulon, onde passou a servir, essencialmente como aquartelamento de tropas da marinha; até que, em 1959, foi retirado do serviço activo. Foi desmantelado em 1962.

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