sexta-feira, 20 de julho de 2012

«CARVALHO ARAÚJO»


Paquete de bandeira portuguesa, pertencente à frota da Empresa Insulana de Navegação. Foi construído em Itália, no Cantiere Navale Triestino, de Monfalcone, no ano de 1929. Registado (em 1930) na capitania do porto de Lisboa, este navio apresentava 4 560 toneladas de arqueação bruta e media 112,82 metros de comprimento por 15,30 metros de boca. As suas 2 máquinas a vapor de tríplice expansão desenvolviam uma potência global de 4 430 cv, que lhe facultavam 14 nós de velocidade máxima. A sua tripulação era constituída por 98 membros. O navio podia receber a bordo um total de 354 passageiros, distribuídos por 5 classes distintas : luxo, 1ª, 2ª, 3ª e coberta. Efectuou a sua viagem inaugural aos arquipélagos da Madeira e dos Açores, com partida de Lisboa a 23 de Abril de 1930. O «Carvalho Araújo» (nome que honra a memória de um herói da 1ª Grane Guerra) sofreu uma  remodelação dos seus interiores em 1943 e uma outra, ainda mais profunda, em 1945; ano em que as sua máquinas a carvão foram substituídas por engenhos mais modernos consumindo nafta. Este navio misto (passageiros/carga) passou o essencial da sua carreira nas linhas estabelecidas entre a capital portuguesa e os nossos arquipélagos do Atlântico. Com a eclosão das guerras coloniais, o «Carvalho Araújo» foi -como a maioria dos grandes navios da frota mercante portuguesa- requisitado pelo governo ditatorial para assegurar o transporte de tropas, material de guerra e suprimentos. Este navio cessou a sua actividade em 1971 e foi vendido para a sucata em Novembro do ano seguinte. Com o derradeiro nome de «Marcéu» partiu (a reboque) para Espanha, no dia 20 de Outubro de 1973, país onde se procedeu ao seu desmantelamento.

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