sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

«LIAONING»


Primeiro porta-aviões da armada chinesa, o «Liaoning» foi reconstruído com base no casco do «Varyag» adquirido, em 2002, à Ucrânia por 18 milhões de dólares. O casco deste navio é, ao que parece, o único elemento que resta de uma unidade construída na extinta União Soviética e lançada ao mar em 1988. Tudo o resto, incluindo a ilha de comando, é de concepção e de fabrico chinês : propulsores, catapultas a vapor, mastro, equipamento electrónico, armamento fixo e aeronaves. Estas últimas serão, no essencial e ao que se julga, 40 aviões de combate J-15 (versão melhorada do Sukhoi Su-33 russo) e um número indeterminado de helicópteros pesados Z-8 (versão construída localmente sob licença francesa do aparelho 'Super Frelon'). O «Liaoning», que já navega, desloca umas 67 000 toneladas (em plena carga) e mede 300 metros de comprimento por 37,80 metros de boca. O seu calado é de 11 metros. Segundo o jornal «Diário do Povo» (próximo do governo de Pequim), serão necessários mais quatro anos para que este navio atinja a sua plena capacidade operacional e se torne, assim, uma das armas mais temíveis do arsenal chinês. Este porta-aviões será o primeiro de uma série de três unidades de mesma valência, que dotarão -num futuro mais ou menos próximo- as forças navais da República Popular da China. Só que os navios projectados serão construídos de raiz e serão o fruto de toda a experiência entretanto adquirida (com a ajuda do ex-«Varyag») pelos engenheiros e técnicos chineses. Com a modernização da sua marinha de guerra e a dotação de unidades de tal porte e de tal poder, a China pretende adquirir o estatuto de grande potência naval, face às armadas de países rivais tais como o Japão e a União Indiana. Vizinhos com os quais o relacionamento do gigante asiático nem sempre foi (ou é) dos mais amistosos. Curiosidade : o nome deste porta-aviões lembra o de uma importante província do nordeste do país.

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