terça-feira, 6 de maio de 2014

«GONÇALO VELHO»

Aviso de 2ª classe da Armada Portuguesa, encomendado no quadro de um programa de modernização da nossa marinha de guerra definido em 1930. O «Gonçalo Velho» foi lançado à água em 1933 pelos estaleiros britânicos Hawthorn Leslie, que o construiram baseando-se nos navios da classe 'Bridgewater', que equiparvam, por essa época, a 'Royal Navy'. Oa navios lusos dispunham, no entanto, de armamento mais pesado que os seus congéneres. Este aviso -destinado a operar em águas do ultramar- deu nome a uma classe de navios, que compreendeu também o «Gonçalves Zarco», igualmente construído pela já mencionada unidade fabril estrangeira. O «Gonçalo Velho» deslocava 1 785 toneladas e media 81,50 metros de longitude por 10,80 metros de boca. O seu calado era de 3,50 metros. A sua propulsão era assegurada por máquinas desenvolvendo uma potência de 2 000 hp (acopladas a 2 hélices), que lhe asseguravam uma velocidade máxima de 16,5 nós e que lhe garantiam uma autonomia de 6 000 milhas náuticas, com andamento limitado a 11 nós. O seu armamento principal era constituído por 3 canhões de 120 mm e por 2 peças de 40 mm. A sua guarnição foi fixada em 142 homens. Em 1946, depois do desfecho da 2ª Guerra Mundial, o «Gonçalo Velho» foi equiparado a fragata e recebeu o indicativo de amura F475. Modernizado em 1959, afim de poder cumprir missões de guerra anti-submarina, este navio foi equipado com sensores modernos (radar de navegação e ASDIC) e armado com morteiros e calhas para lançamento de cargas de profundidade. O «Gonçalo Velho» -cujo nome homenageava um ilustre navegador português do século XV- manteve-se no activo até 1961, sendo posteriormente desmantelado.

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