quinta-feira, 16 de outubro de 2014

«ENRICO DANDOLO»

Couraçado da 'Regia Marina', construído em 1882 no arsenal de La Spezia. Deslocava 12 265 toneladas em plena carga e media 103,50 metros de comprimento por 19,65 metros de boca. Pertencia à classe 'Caio Duilio'. A sua propulsão era assegurada por 2 máquinas a vapor de dupla expansão (desenvolvendo uma potência de 8 045 ihp) e por 2 hélices. Podia navegar à velocidade máxima de 15,6 nós e dispunha de uma autonomia de 2 875 milhas náuticas com o andamento reduzido a 13 nós. A espessura da sua couraça ia dos 75 aos 550 mm. O seu armamento era constituído por 4 peças de 450 mm, 3 de 120 mm, 2 de 75 mm, 8 de 57 mm, 22 de 37 mm e 3 tubos lança-torpedos de 355 mm. A sua guarnição era formada por 515 homens, oficiais, sargentos e praças. Realizado na base de um projecto da autoria do engenheiro naval Benedetto Brin, este navio foi construído para receber as armas mais poderosas do seu tempo, de modo a que pudesse rivalizar com os maiores couraçados da armada francesa. Potência com a qual a Itália (recentemente reunificada) pretendia rivalizar. Os peritos militares transalpinos pretenderam até, que o navio em apreço e o seu gémeo «Caio Duílio» podiam afrontar, sem receio, toda a esquadra francesa do Mediterrâneo. O «Enrico Dandolo» recebeu o seu baptismo de fogo durante a guerra ítalo-turca (1911-1912), que teve como objectivo arrancar a Cirenaica ao Império Otomano. Aquando da Grande Guerra, este couraçado foi destacado, primeiramente, para o Adriático, sendo, durante algum tempo, o navio-almirante da força naval a actuar nas costas da Albânia. Do final do conflito até 1919, esteve baseado em Kotor (hoje na república do Montenegro), onde recebeu as autoridades italianas responsáveis pela assinatura do armistício com os seus homólogos do Império Austro-Húngaro. Por decreto real, este navio foi riscado das listas da armada no dia 7 de Abril de 1920. E desmantelado posteriormente.

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