terça-feira, 5 de maio de 2015

«VLADIMIR»

Fragata da marinha imperial russa. De propulsão mista (vela/vapor), este navio com 3 mastros e rodas de pás laterais deslocava 1 731 toneladas e media 61 metros de comprimento fora a fora por 10,70 de boca. O seu aparelho vélico era de tipo patacho. Este navio dispunha de 2 chaminés (implantadas a meia nau) para evacuar os fumos expelidos pela sua única máquina a vapor. A velocidade máxima da fragata «Vladimir» (com recurso à força gerada, em simultâneo, pelos seus dois meios de propulsão) era de 11 nós. Esteve armada com 14 bocas de fogo de vários calibres. A sua construção foi executada -em 1848- pelos estaleiros ingleses Ditchburn & Mare, de Blackwall, no rio Tamisa. Participou na Guerra da Crimeia e, desse tempo, data um combate vitorioso (ocorrido no dia 5 de Novembro de 1853) contra o vaso de guerra otomano «Pervaz-I-Bahri», que foi capturado pelos russos. Diz-se desse recontro, que foi a primeira peleja em que se confrontaram dois navios a vapor. Da sua acção nesse conflito, está igualmente registado uma missão de patrulhamento bem sucedida (em 1854) nas costas da Anatólia. A fragata russa «Vladimir» terminou a sua vida activa no dia 30 de Agosto de 1855, quando, perante a pressão dos turcos, o navio foi afundado (como tantos outros), no porto de Sebastopol, pelos membros da sua própria guarnição. Em 1860, uma companhia americana contratada pelo governo imperial reemergiu a carcaça do navio e levou-a para o porto de Nicolaiev, onde se deveria proceder à sua recuperação. Mas o mau estado da dita não permitiu o seu restauro e a fragata «Vladimir» acabou por ser desmantelada. Curiosidade : o nome deste navio homenageava a figura do Grão-Príncipe de Kiev Vladimir Monomakh (1053-1125), que foi um famoso guerreiro, governador e diplomata da época medieval.

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