sexta-feira, 16 de outubro de 2015

«RAJULA»

Paquete inglês do armador British India Steam Navigation Company. Foi registado no porto de Londres e destinado à linha do Oriente, via Mediterrâneo e canal de Suez. Construído na Escócia, em Glásgua, pelos estaleiros Barclay Curle & Company -que o lançaram ao mar em 22 de Setembro de 1926- este excelente navio apresentava uma arqueação bruta de 8 496 toneladas e media 145,40 metros de longitude por 18,90 metros de boca. O seu calado era de 8 metros. Movia-se graças a 2 máquinas a vapor desenvolvendo uma potência global de 5 200 ihp, força que lhe facultava uma velocidade de cruzeiro de 13 nós. Devido às normas de segurança menos rígidas (ou mais fáceis de violar) aplicadas no Oriente, o «Rajula» chegou a transportar cerca de 5 000 passageiros (por viagem) entre os portos da Índia e da Malásia; com muita gente 'empilhada' nos seus porões, obviamente. Quando rebentou a Segunda Guerra Mundial, este paquete foi requisitado pela 'navy' e passou a funcionar como navio tropeiro. O «Rajula» foi um dos transportes que levou para Singapura um reforço de tropas indianas; força que não conseguiu resistir aos ataques inimigos e que -com o resto da guarnição britânica- acabou por entregar essa praça aos japoneses no dia 15 de Fevereiro de 1942. Também levou tropas australianas para a Nova Guiné e, em 1943, transportou uma força dos Aliados que desembarcou em Ânzio, aquando da invasão de Itália. Depois do conflito, este navio foi readaptado à vida civil e voltou ao seu serviço normal, entre a Europa e a Ásia. Em 1962, sofreu grandes trabalhos de modernização, que foram efectuados nos estaleiros Mitsubishi, de Kobé. Do seu historial consta uma viagem atormentada que fez -em 1966- entre os portos indianos de Nagapatam e de Madrasta, durante a qual o navio afrontou um devastador furacão, mas ao qual o «Rajula» resistiu e saiu ileso. Em meados de Abril de 1973 passou a usar as cores da companhia P & O.. Durante muito pouco tempo, já que, no ano seguinte e após 48 anos de serviço, foi despojado do seu recheio, antes de tomar o caminho (com o nome de «Rangat») de um estaleiro de Bombaim, onde foi desmantelado em 1974.

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