sábado, 5 de dezembro de 2015

«AMBACA»

Este paquete da ENN - Empresa Nacional de Navegação (antiga Mala Real Portuguesa) foi construído pelos estaleiros da empresa Earle's Shipbuilding and Engineering, de Kingston-upon-Hull, no Reino Unido. Que o lançaram à água em 1889. Era um navio com 2868 toneladas de arqueação bruta, que media 103,40 de comprimento por 12 metros de boca por 5,70 metros de pontal. Estava equipado com 1 máquina a vapor (acoplada a 1 hélice) desenvolvendo uma potência de 447 nhp; força que lhe concedia uma velocidade de cruzeiro de 13 milhas náuticas por hora. O «Ambaca» foi (tal como o seu gémeo «Cazengo») um dos primeiros paquetes portugueses a beneficiar de luz eléctrica a bordo. Estava registado na capitania do porto de Lisboa e tinha condições para receber uns 200 passageiros e importante carga geral. A sua tripulação era, geralmente, constituída por 64 membros. Navegou muito especialmente nas linhas de África e há notícias de (pelo menos por duas vezes) ter transportado, para Angola, tropas do Corpo Expedicionário Português. Naufragou a 23 de Dezembro de 1917 -estava-se, então, em plena Grande Guerra- a pouca distância do cabo Torinhana, em águas territoriais espanholas. O navio, que viajava da capital portuguesa para Bordéus, terá sido afundado -na versão do seu capitão- por um torpedo disparado por um submarino alemão. Já -na opinião de terceiros- a sua perda terá ocorrido por se ter despedaçado contra os rochedos do litoral galego. No desastre, houve 57 sobreviventes e 7 desaparecidos. Curiosidade : o nome deste paquete foi-lhe dado em homenagem a um município de Angola (Quanza Norte), fundado por colonos portugueses em 1611.

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